segunda-feira, 20 de abril de 2020

[RESENHA] Cem anos de solidão


Olá, preguiçosxs!
Hoje eu vim falar de um livro que se tornou um dos meus favoritos após um trabalho na faculdade.

  Para falar um pouco sobre o enredo, irei usar um trecho do meu trabalho. Antes de prosseguir, gostaria de esclarecer que em Cem anos de solidão é narrado - em linhas gerais - a história da estirpe dos Buendía e da cidade de Macondo.

"Seis personagens principais dão origem a história: José Arcádio Buendía, o entusiasmado fundador de Macondo e esposo de Úrsula Igurán, a “espinha dorsal” da família e de todo romance, visto que participa da maior parte dele; seus filhos, José Arcádio, Coronel Aureliano Buendía e Amaranta; e o cigano Melquíades, que representa a única ligação entre Macondo e o exterior, dado que ele é responsável por transmitir notícias. A estrutura do romance é circular, isto é, as ações e desfechos se repetem de maneira semelhante. [entre guerras e conflitos, inclusive baseado em fatos reais] Os personagens têm dificuldade de encontrar um propósito na vida, sempre fracassam na tentativa de fazer história ou de produzir algo, e a estrutura circular colabora com a ideia de um ciclo vicioso."

  Em relação a história eu paro por aqui e evito spoilers haha. Bom, Gabriel García Márquez é um autor espetacular. Em Cem anos de solidão ele escreve uma metáfora da América Latina em seus anos de submissão e imperialismo socioeconômico. A princípio você pensa "é literatura regional", quando você lê mais um pouco conclui "é universalizante", "já ouvi essa história".
  Infelizmente, ainda vivemos sob o julgo de outros países, mesmo que de maneira implícita. Essa obra deveria ser lida por todo latino-americano, a fim de que por meio da literatura real maravilhosa ele possa enxergar o nosso subcontinente de maneira diferente.
  Eu falei pouco, na verdade, tive dificuldade em escrever essa resenha. Discorri tanto sobre o livro no trabalho que esgotei minhas palavras hahaha. Cem anos de solidão mexeu comigo, espero que tenham o interesse de ler. 
  Ah, já ia esquecendo, em 1982 - quinze anos após a publicação do livro - García Márquez recebeu o Prêmio Nobel de Literatura e se consolidou como um dos maiores escritores da América Latina. Até mais preguiçosxs!



 "Quando Aureliano contou, Pilar Ternera emitiu um riso profundo, a antiga risada expansiva que agora parecia um arrulhar de pombas. Não havia nenhum mistério no coração de um Buendía que fosse impenetrável para ela, porque um século de baralho e de experiência tinha ensinado que a história da família era uma engrenagem de repetições irreparáveis, uma roda giratória que teria continuado dando voltas até a eternidade, se não fosse o desgaste progressivo e irremediável do eixo."

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