Olá, preguiçosos!
A resenha de hoje é sobre a obra mais conhecida da autora cearense Rachel de Queiroz, cobrada em alguns vestibulares federais.
A resenha de hoje é sobre a obra mais conhecida da autora cearense Rachel de Queiroz, cobrada em alguns vestibulares federais.
Movimento: Modernismo – 2ª geração
Antes de mais nada já irei pontuar que, o
cenário da narrativa é o sertão do Ceará durante a seca de 1915, que levou o
governo brasileiro a construir uma espécie de campo de concentração, onde os
refugiados da seca recebiam comida e viviam de maneira precária.
Além disso, o livro é narrado em segunda
pessoa sob perspectivas alternadas. Agora podemos continuar, haha.
Após um longo período de estiagem, Chico
Bento perde o seu emprego de cuidador de gado, pois não há mais comida e água
para os animais. Em busca de uma situação melhor, ele e sua família partem para
o Amazonas, na esperança de conseguir um novo trabalho até o fim da seca. No
entanto, o desejo da família não é concretizado, eles não conseguem uma
passagem e decidem continuar por terra.
A partir daí, Chico Bento, Cordulina e os
seus cinco filhos começam a enfrentar grandes dificuldades, eles não têm comida
e nem dinheiro. Sem expectativas, a família acaba indo para o campo de
concentração.
“E num foguinho de
garranchos, arranjado por Cordulina com um dos últimos fósforos que trazia no
cós da saia, assaram e comeram as tripas, insossas, sujas, apenas escorridas
nas mãos.”
No outro lado da história, Conceição é uma
professora que está passando férias na casa de sua avó no interior. Ela é apaixonada
pelo seu primo Vicente, que vive cuidando do gado.
Devido ao grande período de seca, Conceição
convence sua avó a morar na cidade com ela, onde a situação é melhor. Lá, além do
trabalho na escola, ela é voluntária no campo de concentração, e é nesse local
que as vidas da professora e da família de Chico Bento se encontram.
“Dia a dia, com forças
que iam minguando, a miséria escalavrava mais a cara sórdida, e mais fortemente
os feria com a sua garra desapiedada. Só talvez por um milagre iam aguentando
tanta fome, tanta sede, tanto sol.”
Na minha opinião, O Quinze deixa Vidas Secas
no chinelo. Ele se aproxima mais da realidade do sertão nordestino e o enredo é
mais interessante e desenvolvido. Além disso, a autora usa uma linguagem
simples, típica da literatura regionalista.
Bom, esse livro é maravilhoso! Comecei a ler
e acabei terminando no mesmo dia. A autora consegue te colocar dentro da
história fazendo você refletir sobre possíveis soluções, que não são apontadas,
para aquela situação nada fácil. Até a próxima, beijos!
Oi
ResponderExcluirapesar de cair em vestibulares, confesso que não conhecia esse livro, mas que bom que adorou a leitura. Parece ser uma boa obra.
momentocrivelli.blogspot.com.br
Oi Lorena, tudo bem? Eu amo Vida Secas, mas nunca li O quinze, ainda, é um clássico que está minha lista, espero curtir a leitura como vc. Só não sei se o ocupa o lugar de Vidas Secas no meu coração, mas ele é grande sempre cabe mais hehehehe
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante