segunda-feira, 16 de outubro de 2017

[RESENHA VEST] O Quinze


Olá, preguiçosos!
A resenha de hoje é sobre a obra mais conhecida da autora cearense Rachel de Queiroz, cobrada em alguns vestibulares federais.


 Movimento: Modernismo – 2ª geração

  Antes de mais nada já irei pontuar que, o cenário da narrativa é o sertão do Ceará durante a seca de 1915, que levou o governo brasileiro a construir uma espécie de campo de concentração, onde os refugiados da seca recebiam comida e viviam de maneira precária.
  Além disso, o livro é narrado em segunda pessoa sob perspectivas alternadas. Agora podemos continuar, haha.
  Após um longo período de estiagem, Chico Bento perde o seu emprego de cuidador de gado, pois não há mais comida e água para os animais. Em busca de uma situação melhor, ele e sua família partem para o Amazonas, na esperança de conseguir um novo trabalho até o fim da seca. No entanto, o desejo da família não é concretizado, eles não conseguem uma passagem e decidem continuar por terra.
  A partir daí, Chico Bento, Cordulina e os seus cinco filhos começam a enfrentar grandes dificuldades, eles não têm comida e nem dinheiro. Sem expectativas, a família acaba indo para o campo de concentração.


“E num foguinho de garranchos, arranjado por Cordulina com um dos últimos fósforos que trazia no cós da saia, assaram e comeram as tripas, insossas, sujas, apenas escorridas nas mãos.”


  No outro lado da história, Conceição é uma professora que está passando férias na casa de sua avó no interior. Ela é apaixonada pelo seu primo Vicente, que vive cuidando do gado.
  Devido ao grande período de seca, Conceição convence sua avó a morar na cidade com ela, onde a situação é melhor. Lá, além do trabalho na escola, ela é voluntária no campo de concentração, e é nesse local que as vidas da professora e da família de Chico Bento se encontram.


“Dia a dia, com forças que iam minguando, a miséria escalavrava mais a cara sórdida, e mais fortemente os feria com a sua garra desapiedada. Só talvez por um milagre iam aguentando tanta fome, tanta sede, tanto sol.”


  Na minha opinião, O Quinze deixa Vidas Secas no chinelo. Ele se aproxima mais da realidade do sertão nordestino e o enredo é mais interessante e desenvolvido. Além disso, a autora usa uma linguagem simples, típica da literatura regionalista.

  Bom, esse livro é maravilhoso! Comecei a ler e acabei terminando no mesmo dia. A autora consegue te colocar dentro da história fazendo você refletir sobre possíveis soluções, que não são apontadas, para aquela situação nada fácil. Até a próxima, beijos!

2 comentários:

  1. Oi
    apesar de cair em vestibulares, confesso que não conhecia esse livro, mas que bom que adorou a leitura. Parece ser uma boa obra.

    momentocrivelli.blogspot.com.br

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  2. Oi Lorena, tudo bem? Eu amo Vida Secas, mas nunca li O quinze, ainda, é um clássico que está minha lista, espero curtir a leitura como vc. Só não sei se o ocupa o lugar de Vidas Secas no meu coração, mas ele é grande sempre cabe mais hehehehe

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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