Saudações preguiçosos! A resenha de hoje é sobre o livro Caminhos Cruzados do Érico Veríssimo...
O livro possui uma linguagem fácil (pelo menos a edição que eu li) e corriqueira. Ao ser publicado, o romance chocou os críticos literários da época, os quais trataram a obra como imoral e subversiva. Foi considerada uma obra comunista, ganhando a admiração dos seguidores desta ideologia e por outro lado, denegrindo a imagem do autor perante o governo Vargas, coincidindo temporalmente com a Intentona Comunista.
Caminhos cruzados é dividido em 5 partes: Sábado, Domingo, Segunda-feira, Terça-feira e Quarta-feira onde diferentes personagens são descritos.
Outro ponto a se acrescentar são as características fortes, a aproximação com as artes plásticas e a temática comum a outros autores da época, que se inclinavam igualmente à crítica social. Utiliza também a técnica do contraponto, que consiste em apresentar diferentes pontos de vista das situações vividas pelas personagens, que independem uma da outra, ou seja, não estão ligadas a um núcleo maior. Aborda a história de vários grupos de personagens, cujas histórias acontecem ao mesmo tempo, ou seja, em um período de cinco dias. A história começa na manhã de sábado e termina na noite de quarta-feira. As cenas são objetivas, pouco elaboradas e reproduzem ação contínua.
É isso, até a próxima.
“O mundo infinito dos sonhos é tragado pelo mundo finito da realidade.”
“A vida, prezado leitor, é uma sucessão de acontecimentos monótonos, repetidos e sem imprevisto. Por isso alguns homens de imaginação foram obrigados a inventar o romance. O Homem, na Terra, nasce, vive e morre sem que lhe aconteça nenhuma dessas aventuras pitorescas de que os livros estão cheios."
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