segunda-feira, 15 de agosto de 2016

[RESENHA VEST] O Navio Negreiro



  Olá preguiçosos! A obra de hoje é de ninguém menos que Castro Alves, o poeta dos escravos. Convido-os a embarcar nessa história.

  O Navio Negreiro foi uma das obras que eu mais tive acesso, tudo por ter dirigido uma peça com base no poema, a obra é dividida em quatro partes, no qual há uma intercalação de "carrascos" e escravos.
  A primeira parte é uma apresentação feita pelos "carrascos" sobre a exuberância, a beleza do mar e o céu.
 A segunda parte, é a apresentação de nacionalidades, com a exaltação de cada.
  A terceira parte, já começa a retratar a vida dos escravos.
 A quarta e a quinta parte, começa os relatos, os sofrimentos dos escravos, a triste vida.
  Já a última parte, é meio que uma negação de tudo o que é exposta em todo o poema.
  Após um breve resumo, O Navio Negreiro é um poema de corpo e alma, cada trecho, cada frase, são memórias que não merecem ser esquecidas, nem apagadas. Bom é isso meus preguiçosos, convido a todos que leiam pois vale muito apenas. Até mais *** FIQUEM COM OS LIVROS.


"FATALIDADE ATROZ QUE A MENTE ESMAGA!
EXTINGUE NESSA HORA O BRIGUE IMUNDO
O TRILHO QUE COLOMBO ABRIU NAS VAGAS,
COMO UM ÍRIS NO PÉLADO PROFUNDO!
MAS É INFÂMIA DEMAIS!... DA ETÉREA PLAGA
LEVANTAI-VOS, HERÓIS DO NOVO MUNDO!
ANDRADA! ARRANCA ESSE PENDÃO DOS ARES!
COLOMBO! FECHA A PORTA DOS TEUS MARES!"





QUESTÃO


Leia o poema a seguir:
Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...

Essa é uma das estrofes do poema “O Navio Negreiro”, do poeta baiano Castro Alves, escrito em 1869. Considerando que a lei Eusébio de Queiroz, que proibiu o tráfico negreiro transatlântico, foi promulgada em 1850, Castro Alves, que apoiava a causa abolicionista, teria escrito esse poema dezenove anos depois da referida lei, com o objetivo de:

a) Impedir a revogação da lei que proibiu o tráfico transatlântico de negros africanos.

b) Abolir a escravidão, ao menos, na região onde nasceu, a Bahia.

c) Persuadir intelectuais que eram seus contemporâneos a aderirem à causa abolicionista, como Joaquim Nabuco, que era escravocrata.

d) dramatizar em versos o sofrimento dos negros africanos no momento em que tiveram que sair de sua terra em direção ao Brasil, transportados nos porões dos navios negreiros, para contribuir assim com a luta pelo fim da escravidão.

e) Apenas preservar a memória do sofrimento dos negros, pois, em 1869, o Brasil já havia abolido a escravidão.



2 comentários:

  1. Esta obra é simplesmente sensacional. Recomendo sempre. Deve ter sido uma experiência muito bacana dirigir uma peça baseada no poema, Claudia. Bem legal a publicação. Agora, e a resposta da questão? Seria a alternativa "D"? Até mais. :)

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  2. Oi Leandro, foi uma experiência sem comparações, a obra é magnifica, olha só acho que alguém acertou, rsrsr... Beijinhos

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