Saudações preguiçosos,
um texto autoral para inciar bem a semana...
A
ponte era velha de aço, possui um azul enferrujado, balançava muito e possuía
vãos que poderiam com um descuido lhe matar, havia pessoas que a passava sem
medo, outras correndo e havia eu um serzinho solitário naquela multidão.
Segui
a direção que todos iam, mas ao adentrar-me na ponte meus pés tremeram, o suor
frio escorria pela minha testa, tentava segurar-me sem olhar o precipício que
estava embaixo dos meus pés, não consegui chegar em sua metade e logo retornei
para o seu ponto inicial.
Sentia-me
angustiada, olhar para baixo era tão inevitável e o medo de cair era
persistente, aquele balanço me deixava sem o controle da situação, via pessoas
correndo por ela e queria entender como conseguiam e as invejava por isso. Ao
fim não se passou de um sonho qual o final não pude saber, só me deixou a ideia
do que a ponte poderia ser...
A
ponte dos sentimentos e lembranças, era o meu subconsciente falando comigo,
pessoas passaram correndo pelas minhas emoções e o medo de atravessar a ponte
seria a incontável volta ao passado, teria me restringido a não seguir em
frente, pois aquilo me tiraria da zona de conforto e poderia me deixar cair no
precipício.
Trepido
em muros e cacos de vidro, volto sempre ao mesmo ponto por não conseguir
cicatrizar, quando a dor passa a
lembrança vem e a chance de se repetir o passado me faz voltar na ponte, talvez
agora com mais força e coragem coloque
reforços nos vagões para continuar, aqueles que passaram com pressa já não os
invejo, na ponte deveriam ter ido devagar... Mas talvez, já que estava em uma
estação porque não mudar a direção...
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