Olá, preguiçosos!
Há muito tempo eu não posto uma resenhinha aqui né? Bom, eu voltei! Haha. E pode parecer estranho que em pleno fim de ano eu poste uma resenha de vestibular (ninguém aguenta mais!), porém pessu, a nossa querida 2ª fase da Unicamp está bem próxima. Então, essa postagem vai para os vestibulandos que passaram para a próxima fase.
Para início de conversa, é muito importante conhecermos o contexto desta obra. Primeiramente, ela foi publicada entre 1929 e 1945, período que compreende parte do Modernismo. Dessa forma, já podemos pressupor que os textos exaltam as características brasileiras e a principal que podemos destacar é o caráter mestiço de nossa população.
E a gerações dessas gerações quando apagarem
a tua tatuagem execranda,
não apagarão de suas almas, a tua alma, negro!
(Trecho de "Olá! Negro")
Além disso, Jorge de Lima aborda com naturalidade questões sociais presentes no século XX como o preconceito e a sexualidade.
Por outro lado, o autor busca valorizar o povo negro, que em momentos anteriores eram escravizados, e ao mesmo tempo ele tece críticas a sociedade atual, que permanece permeada de preconceitos.
Tudo é relativo
e incerto no mundo.
(Trecho de "Poema Relativo")
Bom preguiçosos, admito que julguei este livro pela capa e criei uma imagem totalmente errada acerca dele. Porém, quando terminei a leitura acabei gostando muito. A linguagem é bem simples e o autor escreve com aptidão, dizendo tudo aquilo que muitos -me refiro aos preconceituosos- não gostariam de ler.
É importante ressaltar que a banca da Unicamp só exige a leitura dos "Poemas negros" (1947), e não o livro inteiro. Até a próxima, beijos!
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