quinta-feira, 7 de setembro de 2017

[FREE DAY] 5 livros para se ler na Independência


Livros ou morte!

Saudações, preguiçosos! 
Como vocês já sabem (ou deveriam saber), hoje, 7 de setembro, comemora-se a Independência do Brasil. Pensando nisso e exaltando alguns dos grandes talentos literários brasileiros, nós montamos uma listinha de livros para se ler neste feriadão.



1. Manuel Bandeira - Estrela da manhã





O mundo concreto e o universo dos sonhos. O coloquialismo lírico e o emprego com maestria das formas tradicionais da arte de versejar, como o rondó, a cantiga e a balada. Neste 'Estrelas da Manhã', publicado pela primeira vez em 1936, Manuel Bandeira principia com o poema que dá titulo ao livro, composição ao livro, composição que sinaliza o desejo ávido do poeta pelo despojamento. Traz também outros poemas que se tornaram célebres, como 'Canção das duas Índias', 'Poema do beco', 'Balada das três mulheres do sabonete Araxá', 'Momento num café' e 'Trem de ferro'. Em outras momentos ainda, Bandeira transcende as fronteiras até então conhecidas do ofício poético e atreve-se, com grande estilo, a conceber composições de teor negativo, preciosidades como 'O desmemoriado de Vigário Geral' e 'Tragédia brasileira'.





2. Clarice Lispector - A hora da estrela





A história da nordestina Macabéa é contada passo a passo pelo escritor Rodrigo S.M., alter-ego de Clarice Lispector, de um modo que busca permitir aos leitores acompanhar o seu processo de criação. O autor faz o relato da vida triste e sem perspectiva da alagoana Macabéa, pontuada com as informações do 'Você sabia?' da rádio Relógio, sinistro metrônomo a comandar o ritmo de seus últimos dias de vida. Para a cartomante Carlota, a quem Macabéa procura em busca de um sopro de esperança, esses dias derradeiros deveriam ser coroados com o casamento com um estrangeiro rico. Mas, ironicamente, Macabéa termina sob as rodas de um automóvel de luxo Mercedes-Benz.





3. José de Alencar - Senhora


Moça pobre e órfã de pai, Aurélia Camargo é noiva de Fernando Seixas, rapaz de boa índole, mas entusiasmado pela perspectiva d um bom dote. Assim é que ele troca o amor de Aurélia pelo dote de Adelaide.
Aurélia, porém, fica milionária com a morte do avô e quer reaver seu ex-noivo, oferecendo-lhe um dote de cem contos, quantia elevada para a época. Fernando aceita o casamento, mas em vez de esposa encontra uma “senhora” de quem se sente escravo; na noite do casamento, Aurélia comunica-lhe que deverão viver como estranhos, embora aparentado felicidade perante a opinião pública. Fernando trabalha com afinco para conseguir a soma necessária para saldar o seu compromisso e reconquistar Aurélia.




4. Cecília Meireles - Ou isto ou aquilo


Ou isto ou aquilo', de Cecília Meireles, é um livro que imprimiu sua marca na memória afetiva de gerações de leitores e ocupa posto de destaque na literatura infantil brasileira.

Cantigas de ninar, cantigas de roda e trava línguas são formas de expressão muito próximas do mundo da criança. Em Ou isto ou aquilo, Cecília Meireles utiliza de forma inigualável estes e outros recursos. A autora joga com as palavras, criando um universo encantador, e, de maneira leve, coloca a criança diante dos caminhos a seguir, como no poema que dá nome ao livro: “Ou se tem chuva e não se tem sol / ou se tem sol e não se tem chuva! / Ou se calça a luva e não se põe o anel, / ou se põe o anel e não se calça a luva!”. Cecília explora a sonoridade, o ritmo, as rimas, as repetições e a musicalidade, como se pode notar em “Rômulo rema”: “Rômulo rema no rio. / A romã dorme no ramo, / a romã rubra. (E o céu.)”.




5. Carlos Drummond de Andrade - A rosa do povo

 Falando da guerra e dos afetos, do passado familiar e da experiência de viver no Rio de Janeiro, além de especular sobre o lirismo em tempos sombrios, este livro estabeleceu definitivamente a figura do poeta mineiro no panorama da melhor poesia de língua portuguesa no século XX. Publicado em 1945, 'A rosa do povo' é o livro politicamente mais explícito de Drummond. É um poderoso olhar sobre a Segunda Guerra, a cisão ideológica, a vida nas cidades, o amor e a morte.
Tudo isso é observado a partir daquela que então era a capital do país. O Rio de Janeiro, nossa primeira grande cidade cosmopolita, ocupa uma posição privilegiada nos poemas, a ponto de muitos críticos compararem a visão de cidade expressa pelo autor mineiro àquela de Charles Baudelaire (1821-1867), o poeta francês que foi o primeiro grande cantor da experiência urbana. Pois é escrevendo a partir desse Rio de Janeiro que se urbanizava freneticamente, dando as costas ao passado, que Drummond fala da guerra e de seus desdobramentos no continente europeu e presta seu tributo aos milhões de civis que pereceram no conflito, além de refletir sobre a própria possibilidade de expressar todos esses acontecimentos em verso. 


É isso PL's, aproveitem o feriado e até a próxima..

2 comentários:

  1. Olá!
    Li Senhora para o vestibular e adorei. Ele é super curtinho e tem uma escrita fácil :D. É uma ótima indicação!

    Beijão
    Leitora Cretina

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    1. Oi Mônica, Senhora é incrível, lemos ele tão rápido que nem percebemos. Beijão

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