segunda-feira, 29 de maio de 2017

[RESENHA VEST] Sagarana


Olá, preguiçosos!
Hoje, eu irei resenhar o terror da Fuvest, o pesadelo da Unicamp, em outras palavras, Sagarana do Guimarães Rosa, uma obra pertencente à 3ª fase do modernismo brasileiro.

  Sagarana é composto por 9 contos ou novelas, são elas:

- O burrinho pedrês
- A volta do marido pródigo
- Sarapalha
- Duelo
- Minha gente
- São Marcos
- Corpo fechado
- Conversa de bois
- A hora e vez de Augusto Matraga

  De uma forma geral, o livro retrata o universo sertanejo do interior de Minas Gerais e os costumes do povo simples que habitam as localidades. As narrativas são repletas de gírias evidenciando o regionalismo.
  Uma característica comum aos contos é a proximidade do leitor com o narrador, onde o receptor é capaz de sentir os conflitos e as tensões. Outro ponto é o cuidado do autor ao construir as personagens principais, que possuem como objetivo principal representar uma cultura.



"Cada um tem a sua hora e a sua vez: você há de ter a sua."



  Bom, tenho que admitir que demorei um pouco para concluir a leitura de Sagarana. Ele é um livro bem maçante, sobretudo no começo. A quantidade de gírias dificulta a leitura e você tem que ter bastante paciência (e um dicionário, haha).  Mas, a obra é leitura obrigatória nos vestibulares da Fuvest e da Unicamp (só o conto "A hora e vez de Augusto Matraga"). Beijos!


QUESTÕES

1. (UPF) Nos contos de Sagarana, Guimarães Rosa resgata, principalmente, o imaginário e a cultura:

A) da elite nacional.
B) dos proletários urbanos.
C) dos povos indígenas.
D) dos malandros de subúrbio.
E) da gente rústica do interior.



2. (CEFET-PR) Sobre os contos de Sagarana é INCORRETO afirmar:


A) A volta do marido pródigo demonstra, no comportamento do protagonista, o poder criador da palavra, dimensão da linguagem tão apreciada por Guimarães Rosa.
B) Tanto em Corpo fechado quanto em Minha gente o espaço é variado, deslocando-se a ação de um lugar para outro.
C) Em Duelo e Sarapalha figuram personagens femininas cujos traços não aparecem nas mulheres de outros contos.
D) O burrinho pedrêsConversa de bois e São Marcos trabalham com a mudança de narradores.
E) A hora e a vez de Augusto Matraga não apresenta a inserção de casos ou narrativas secundárias.

3. (PUC-SP) O conto Conversa de bois integra a obra Sagarana, de João Guimarães Rosa. De seu enredo como um todo, pode afirmar-se que:

A) os animais justiceiros, puxando um carro, fazem uma viagem que começa com o transporte de uma carga de rapadura e um defunto e termina com dois.
B) a viagem é tranquila e nenhum incidente ocorre ao longo da jornada, nem com os bois nem com os carreiros.
C) os bois conversam entre si e são compreendidos apenas por Tiãozinho, guia mirim dos animais e que se torna cúmplice do episódio final da narrativa.
D) a presença do mítico-lendário se dá na figura da irara, “tão séria e moça e graciosa, que se fosse mulher só se chamaria Risoleta” e que acompanha a viagem, escondida, até à cidade.
E) a linguagem narrativa é objetiva e direta e, no limite, desprovida de poesia e de sensações sonoras e coloridas.


GABARITO

1. E
2. C
3. A






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