segunda-feira, 1 de maio de 2017

[RESENHA VEST] A hora da estrela


Esta é uma história de uma jovem datilógrafa migrante que vive de forma humilde, talvez miserável na sua insignificante vida. Macabéa não é ninguém. Macabéa pode ser qualquer um. Macabéa pode ser você.

Movimento: Modernismo - 3ª geração



"Um fato é um ato? Juro que esse livro é feito sem palavras. É uma fotografia muda. Este livro é silêncio. Este livro é uma pergunta."


  Entre os delírios de uma realidade utópica, o autor, chamado Rodrigo S.M. decide escrever sobre uma moça que avistou na rua, ela se chama Macabéa. Ele se envolve com a personagem, sofrendo e se alegrando com ela. Em alguns trechos, tem-se a impressão de que ele está apaixonado pela moça.


"Agora entendo esta história. Ela é a iminência que há nos sinos que quase-quase badalam. A grandeza de cada um."


  Bom, esse é o primeiro livro que leio da Clarice, e, a princípio, não gostei. Achei confuso, sem nexo, mas, com o decorrer da história, minha opinião mudou. Os questionamentos impostos pelo autor são extremamente comuns em nossa vida, e faz com que você reflita sobre a sua existência no mundo. De uma forma geral, gostei do livro.
  Essa não é de fato uma resenha, mas, espero que as sua primeiras impressões desperte o interesse na leitura. Beijos!


QUESTÕES

1. (FUVEST) Sobre o narrador de A hora da estrela, de Clarice Lispector, pode-se afirmar que:

(A) é do tipo observador, pois revela não ter conhecimento sobre o que se passa no universo sentimental e psíquico da personagem (Macabéa).
(B) é onisciente, pois assume o papel de criador de uma vida, sobre a qual detém todas as informações; o poder da onisciência é, para ele, fonte de satisfação, pois Rodrigo S. percebe que os fatos dependem de seu arbítrio.
(C) é do tipo observador, pois limita-se a descrever superficialmente as emoções de Macabéa, o que fica evidente nas ocorrências enigmáticas do termo “explosão“, apresentado sempre entre parênteses.
(D) constitui-se como um personagem, pois narra em primeira pessoa; não há, entretanto, referências à sua história pessoal, visto que seu objetivo é falar sobre um personagem de ficção (Macabéa).
(E) é um dos personagens do livro; entretanto, ao apresentar-se não só como narrador, mas também como criador da história, problematiza a essência da literatura de ficção, que reside na recriação arbitrária do real.

RESPOSTA: E

2. (FUVEST) Identifique a afirmação correta sobre A hora da estrela, de Clarice Lispector:

(A) A força da temática social, centrada na miséria brasileira, afasta do livro as preocupações com a linguagem, freqüentes em outros escritores da mesma geração.
(B) Se o discurso do narrador critica principalmente a própria literatura, as falas de Macabéa exprimem sobretudo as críticas da personagem às injustiças sociais.
(C) O narrador retarda bastante o início da narração da história de Macabéa, vinculando esse adiamento a um autoquestionamento radical.
(D) Os sofrimentos da migrante nordestina são realçados, no livro, pelo contraste entre suas desventuras na cidade grande e suas lembranças de uma infância pobre, mas vivida no aconchego familiar.
(E) O estilo do livro é caracterizado, principalmente, pela oposição de duas variedades lingüísticas: linguagem culta, literária, em contraste com um grande número de expressões regionais nordestinas.

RESPOSTA: C

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