segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

[RESENHA VEST] A Cidade e as Serras


  Olá preguiçosos! 
 Hoje, na primeira postagem/resenha do ano, preparei o livro A Cidade e as Serras do autor português Eça de Queirós.

  Movimento: Realismo


  Jacinto e Zé Fernandes se conheceram na Universidade em Paris e se tornaram grandes amigos. Este último teve que retornar a sua cidade natal no interior de Portugal.
  Sete anos depois de sua partida, Zé Fernandes retorna a Paris para rever seu velho amigo. Porém, encontrou-o entristecido; perdera o brilho que tivera outrora ao falar da sua amada civilização parisiense. Jacinto estava infeliz, apesar do conforto que os avanços tecnológicos o proporcionara.


"Os sentimentos mais genuinamente humanos logo na Cidade se desumanizam!"


  Depois de receber a notícia de que uma de suas propriedades desabara no interior de Portugal, Jacinto e seu amigo decidem ir para lá. A princípio Jacinto fica espantado com a rudez e a simplicidade do lugar, no entanto, pouco a pouco ele se acostuma e recupera a vivacidade que havia perdido.


"Daquela janela, aberta sobre as serras, entrevia uma outra vida, que não anda somente cheia do Homem e do tumulto da sua obra. E senti o meu amigo suspirar como quem enfim descansa."



  Em A Cidade e as Serras, o narrador Zé Fernandes tem como principal objetivo demonstrar ao leitor a superioridade da vida no campo em relação à vida na cidade. Observamos também uma crítica ao modo de vida urbano, sobretudo o superficialismo das relações interpessoais.
  Na minha visão, Zé Fernandes cultiva uma admiração anormal pelo seu amigo, ele constantemente se refere a ele como "meu Príncipe".
  Bom, encontrei muita dificuldade para ler esta obra, cheguei a desistir e acabei, por fim, retomando a leitura. O enredo é maçante e sem grandes emoções, porém, a escrita é extremamente requintada. Com muito esforço você se adapta e conclui a leitura. Beijos!!!

QUESTÕES 
  

1. (UNICENTRO) A única passagem que NÃO encontra apoio em A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós, é
A) Em A Cidade e as Serras, José Fernandes, de rica família proveniente de Guiães, região serrana de Portugal, narra a história de Jacinto de Tormes, seu amigo também fidalgo, embora nascido e criado em Paris.
B) A Cidade e as Serras explora uma grave tese sociológica: ser-nos preferível viver e proliferar pacificamente nas aldeias a naufragar no estéril tumulto das cidades.
C) Para Jacinto, Portugal estava associado à infelicidade, enquanto Paris associava-se à felicidade; ao longo do romance, contudo, essa opinião se modifica.
D) No romance dois ambientes distintos são enfocados ao longo das duas partes em que o livro pode ser dividido: a civilização e a natureza.
E) Já avançado em idade, Jacinto se aborrece com as serras e tenciona reviver as orgias parisienses, mas faltam-lhe, agora, saúde e riqueza.

RESPOSTA: E

2. (PUC) O romance A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós, publicado em 1901, é desenvolvimento de um conto chamado “Civilização”. Do romance como um todo pode afirmar-se que

A) apresenta um narrador que se recorda de uma viagem que fizera havia algum tempo ao Oriente Médio, à Terra Santa, de onde deveria trazer uma relíquia para uma tia velha, beata e rica.
B) caracteriza uma narrativa em que se analisam os mecanismos do casamento e o comportamento da pequena burguesia da cidade de Lisboa.
C) apresenta uma personagem que detesta inicialmente a vida do campo, aderindo ao desenvolvimento tecnológico da cidade, mas que ao final regressa à vida campesina e a transforma com a aplicação de seus conhecimentos técnicos e científicos.
D) revela narrativa cujo enredo envolve a vida devota da província e o celibato clerical e caracteriza a situação de decadência e alienação de Leiria, tomando-a como espelho da marginalização de todo o país com relação ao contexto europeu.
E) se desenvolve em duas linhas de ação: uma marcada por amores incestuosos; outra voltada para a análise da vida da alta burguesia lisboeta.

RESPOSTA: C

Um comentário:

  1. Oi
    pena que a leitura é cansativa, eu mesma não leria esse livro por não ser meu tipo de leitura, mas pelo menos concluo.

    momentocrivelli.blogspot.com

    ResponderExcluir